Revista Realidade Do Nº 0(zero) Novembro 1965 Até Nº 45 Dezembro 1969 Encadernados (1)
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Editora Abril
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ENCADERNADOS CAPA DURA CONTENDO AS 05 PRIMEIRAS RARAS REVISTAS DA EDITORA ABRIL. NºS 0 (ZERO, EDIÇÃO EXPERIMENTAL) ATÉ A Nº 45 DEZEMBRO DE 1969. LEMBRO QUE A NUMERO 0 (ZERO), NEM MESMO A WIKIPEDIA RECONHECE QUE INICIO REAL DA REVISTA FORA EM NOVEMBRO DE 1965 MESMO QUE EXPERIMENTAL. 8 Livros Encadernados TOTAL DE 46 EXEMPLARES. Em excelente estado, Livros firmes - Alguns sinais de oxidação Linda coleção documentário. Volume 1 - Nº 00 - Novembro 1965 até Nº 04 - Julho de 1966 Volume 2 - Nº 05 - Agosto de 1966 até Nº 09 - Dezembro de 1966 Volume 3 - Nº 10 - Janeiro de 1967 até Nº 15 - Junho de 1967 Volume 4 - Nº 16 - Julho de 1967 até Nº 21 - Dezembro de 1967 Volume 5 - Nº 22 - Janeiro de 1968 até Nº 27 - Junho de 1968 Volume 6 - Nº 28 - Julho de 1968 até Nº 33 - Dezembro de 1968 Volume 7 - Nº 34 - Janeiro de 1969 até Nº 39 - Junho de 1969 Volume VII - Nº 40 - Julho de 1969 até Nº 45 - Dezembro de 1969 prat0201 BREVE HISTÓRIA O golpe de 1964 iniciou um momento em que as liberdades civis e individuais foram fortemente cerceadas. Um dos elementos fundamentais para o controle a ser exercido pelos militares era a fiscalização dos meios de comunicação. A grande imprensa buscou meios para conviver com esta situação, mostrando graus variados de resistência, enquanto uma nova imprensa alternativa surgia que, apesar de também sofrer com a repressão, conseguiu promover uma renovação no jornalismo brasileiro.3 Enquanto uma parte da grande mídia (especialmente os programas de televisão que surgiriam durante o regime militar - a exemplo do Jornal Nacional) procurava um alinhamento com a linha ditatorial, poucos anos após o golpe surgia a revista Realidade, voltada para a classe média que se beneficiava do crescimento econômico alcançado e assumia o papel da principal consumidora de conteúdo midiático.4 O fato de surgir uma classe média intelectualizada interessada em publicações com maior ou menor grau de denúncia e oposição ao regime formava um mercado que a imprensa não podia mais ignorar.5 Em 1965 a Editora Abril acreditava que era chegado o 3 ROMANCINI, Richard; LAGO, Cláudia. História do Jornalismo no Brasil. Florianópolis: Insular, 2007. p. 119. 4 Ibidem, p. 138. 5 FARO, José Salvador. Revista Realidade, 1966-1968: tempo de reportagem na imprensa brasileira. Canoas: ULBRA/AGE, 1999. p. 86. Passagens. Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica Rio de Janeiro: vol. 9, no .1, janeiro-abril, 2017, p. 135-157. 139 momento de lançar uma revista de interesse geral, pretendendo, inicialmente, trazer a público um periódico em forma de encarte junto a algum dos principais jornais do país. Porém, Victor Civita, proprietário da Abril, não conseguiu chegar a um acordo com os donos dos diários e levar o intuito adiante. Se valendo da estrutura já existente para o projeto frustrado, a editora decidiu publicar uma revista própria. Sabendo do interesse da Abril, Paulo Patarra apresentou o projeto da revista Realidade, pretendendo iniciá-lo juntamente com outros profissionais de vertente esquerdista, o que não era visto com bons olhos por Civita. Para balancear o grupo que lançaria a revista, Civita contratou Murilo Felisberto, de perfil supostamente mais conservador, que seria o diretor da revista, enquanto Patarra ficaria no cargo de redator-chefe, restando dividida entre os dois a direção da publicação.6 O número experimental da revista, lançado como “número zero” surgiu em novembro de 1965 com tiragem de apenas cinco mil exemplares. Segundo Faro, a proposta editorial de Realidade se alinhava a um quadro cultural novo, influenciado pelo movimento hippie, pela liberação sexual e pela guerra fria, sendo que a revista vinha responder às expectativas geradas por essa conjuntura cultural: uma proposta marcada, a um só tempo, pela horizontalidade e pela verticalidade, no sentido de que situava o leitor no âmbito universal dos problemas de seu tempo, mas não o fazia de forma acanhada ou apenas plástica; fazia isso desnudando a crise do contemporâneo. A revista procurava dar ao público a dimensão essencial de sua indagações através de uma extraordinária variedade temática [...].7 Logo após o lançamento da edição experimental Felisberto pediu demissão por considerar-se incompatível com Patarra. Após mais uma tentativa frustrada, Civita decidiu colocar seu filho Robert na direção ao lado de Patarra como uma medida de ordem provisória. O arranjo acabou se mostrando proveitoso e, em virtude disso, adquiriu um caráter definitivo.8 Antes que a primeira edição chegasse às bancas a editora Abril encomendou uma pesquisa ao Instituto de Estudos Sociais e Econômicos (INESE) para medir os efeitos do número zero em leitores potenciais para definir quais demandas deveriam ser atendidas pela revista. Os resultados mostravam que 85% dos leitores tinham entre 18 e 44 anos, 73% tinham o equivalente ou superior ao 2° grau e 59% estavam nas classes B e A, revelando que a publicação era voltada para um público de maior poder econ

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